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São Paulo surpreende Internacional com gol de Ganso, vence no Sul e é terceiro
O São Paulo segue embalado no Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira, em jogo considerado crucial para a campanha tricolor na competição, o time de Muricy Ramalho surpreendeu o forte Internacional em pleno Beira-Rio e venceu por 1 a 0, com gol de Paulo Henrique Ganso ainda no primeiro tempo, em duelo válido pela 16ª rodada.
O resultado levou a equipe paulista aos 29 pontos, ultrapassando Fluminense e Corinthians e ficando na terceira colocação. Mas o arquirrival alvinegro entra em campo nesta quinta, contra o Goiás, em Itaquera, e ainda pode retomar a posição. Já os cariocas foram derrotados pela Chapecoense nesta quarta.
O Internacional, por sua vez, perdeu a chance de assumir a ponta provisória da Série A. O time gaúcho estacionou nos 31 pontos e pode ver o líder Cruzeiro se distanciar ainda mais nesta quinta, já que o clube celeste recebe o Grêmio, em casa, e pode abrir cinco pontos de vantagem no topo da tabela de classificação.
O São Paulo volta a campo pelo Campeonato Brasileiro no domingo, quando faz clássico regional diante do Santos, no Estádio do Morumbi. Já o Internacional vai a Minas Gerais no sábado enfrentar o Atlético-MG em busca de reabilitação na briga pela primeira colocação do certame.
Jogo movimentado e gol de Paulo Henrique Ganso no Beira-Rio
No duelo desta quarta-feira, no Beira-Rio, jogo eletrizante entre as duas equipes do começo ao fim. O São Paulo criou a primeira boa chance com Alexandre Pato. O atacante se mostrou à vontade no setor ofensivo, recebeu lançamento de Ganso, escapou da marcação e cruzou para Kardec. Por pouco Juan se antecipou e impediu a finalização.
O Inter respondeu pouco depois. Hudson perdeu a bola no meio de campo, Alex recebeu de D'Alessandro na esquerda e arriscou o arremate, mas Rogério Ceni estava atento e salvou o time tricolor com os pés.
A resposta do clube paulista veio em forma de gol. Aos 35 minutos de bola rolando, Juan deu passe na fogueira, Paulo Miranda roubou de Bertolotto no ataque e cruzou da direita para Kaká. O meia ligou o lance a Alvaro Pereyra, que chutou forte na linha de fundo, em desvio que sobrou para Ganso somente empurrar para a rede de Dida.
O terceiro gol de Paulo Henrique no Campeonato Brasileiro animou o São Paulo, que foi para o intervalo confiante.
Na etapa complementar, entretanto, o Inter assustou, mas a arbitragem marcou impedimento correto. D'Alessandro chutou de fora, Rogério espalmou e Rafael Moura fez no rebote, mas não valeu.
A melhor chance do São Paulo veio na sequência. Denilson roubou a bola no meio de campo e ligou com Pato. O atacante avançou em velocidade, prendeu demais a bola, mas serviu Kaká. Livre na área, o meia bateu na rede pelo lado de fora. Depois, Michel Bastos avançou pela esquerda e cruzou para Pato desviar e perder grande chance.
No fim, o Inter deu o último grande susto. Aos 35 minutos, Wellington Paulista entrou em campo, foi para a área e cabeceou o escanteio batido pela esquerda do ataque. A bola explodiu no travessão de Rogério Ceni e saiu pela linha de fundo, no que quase foi o empate colorado.
FICHA TÉCNICA:
INTERNACIONAL 0 x 1 SÃO PAULO
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Data: 20 de agosto de 2014 (quarta-feira)
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Grazianni Rocha (RJ)
Assistentes: Dibert Moisés (RJ) e Michael Correia (RJ)
Público: 34.262 (29.267 pagantes)
Renda: R$ 982.625,00
Cartões amarelos: Fabrício (Internacional); Hudson (São Paulo)
GOL: SÃO PAULO: Ganso, aos 35 minutos do primeiro tempo
INTERNACIONAL: Dida; Wellington Silva, Ernando, Juan e Fabrício; Ygor (Valdívia), Bertotto (Wellington Paulista), Aránguiz, Alex (Jorge Henrique) e D'Alessandro; Rafael Moura
Técnico: Abel Braga
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Edson Silva e Álvaro Pereira; Denilson, Hudson, Ganso (Michel Bastos) e Kaká; Alexandre Pato (Ademílson) e Alan Kardec
Técnico: Muricy Ramalho
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No grito e com croata inspirado, Flamengo bate Atlético-MG e vence a terceira seguida
No grito da arquibancada e com o seu croata inspirado, o Flamengo sobe a ladeira do Brasileiro. Com participação decisiva de Eduardo da Silva, autor de um gol e quem sofreu um pênalti, e com mais de 40 mil rubro-negros na arquibancada, o time venceu a terceira seguida na competição, 2 a 1 sobre o Atlético-MG, de virada. O resultado levou o Flamengo à 13ª posição na tabela, com 19 pontos, enquanto o adversário caiu para oitavo, com 23 pontos.
Vanderlei Luxemburgo tinha dois desfalques: Alecsandro, suspenso, e Paulinho, lesionado. Sem seus dois atacantes, o técnico supreendeu e recheou o meio de campo com cinco jogadores. A novidade foi Luiz Antonio entre os titulares. Já Levir Culpi estava sem Pierre, Leandro Donizete e Marcos Rocha.
Na próxima rodada, o Flamengo vai até Criciúma, no domingo, enfrentar o time da casa. Já o Atético-MG, no sábado, recebe o Internacional, no Independência.
O jogo
A surpresa de Luxemburgo, encorpando o meio de campo com mais jogadores, provou-se pouco eficaz. Se o Flamengo povoava a área, dava mais espaços atrás para as rápidas saídas de Maicosuel e Diego Tardelli pelo ataque do Atlético-MG. Ambos buscavam as pontas para tentar lançar Jô, centralizado no ataque.
Em dois erros, o Atlético-MG ensaiou um ataque, mas não conseguiu. A desatenção rubro-negra, no entanto, custaria caro aos nove minutos. Em cobrança de lateral ainda no campo de defesa, João Paulo não marcou ninguém e a bola sobrou para Maicosuel. Rápido, ele avançou pela direita, fintou Cáceres e Wallace e bateu cruzado diante de um Paulo Victor que nada pôde fazer. Atlético na frente: 1 a 0.
O gol precoce desarrumou o Flamengo. Sem armação, o time se embolava no meio de campo, fosse com erro de passe ou desarmes adversários. E, na defesa, tinha um temor: João Paulo era uma avenida para Alex Silva avançar. Everton tentou ajudar e, com isso, deixou o ataque mais longe. Aos 21 minutos, o Flamengo chegou mais no grito da torcida e Luiz Antonio, de longe, fez seu último ato no jogo: um chute de longe que resultou em dificuldades para Victor.
Dois minutos depois, Luxemburgo desistiu do esquema. Com Arthur isolado no ataque, ele colocou Nixon na vaga de Luiz Antonio para prender mais a bola na frente. O Flamengo até chegou mais na frente e, aos 36 minutos, João Paulo lançou Everton na área pelo lado esquerdo. O camisa 22 avançou e chutou cruzado, mas Victor fez boa defesa e, no rebote, a zaga conseguiu afastar. E o primeiro tempo chegara ao fim.
Na volta para a etapa final, o Flamengo continuava a sua caça às investidas de Maicosuel pelo lado direito do ataque. Jô, inoperante, recebeu bola em boas condições aos cinco minutos, mas a dominou de forma bisonha. O jogo se caracterizava mais pelos erros, o que tornava o duelo truncado. Mas da arquibancada veio o maior reforço rubro-negro.
Em um Maracanã cheio, a voz que emana da arquibancada acordou. E o Flamengo, mais no embalo do que na tática, foi junto. Aos 14 minutos, Marcelo chutou forte de fora da área, na pressão, mas Victor defendeu. Luxemburgo, então, viu que era hora de mudar. De uma vez só, sacou Márcio Araújo e Arthur para as entradas de Lucas Mugni e Eduardo da Silva. Deu certo de forma quase instantânea.
Como o Atlético-MG já estava mais recuado diante do grito da torcida, Pedro Botelho pareceu confuso. Sem raciocinar, ele deu carrinho impiedoso em Eduardo da Silva na ponta direita da área, aos 18 minutos. Pênalti bem assinaldo que Léo Moura cobrou mal, no canto esquerdo, mas deu sorte. Victor tocou na bola, mas ela passou por baixo de seu corpo e fez explodir o Maracanã. 1 a 1.
O gol de empate fez a partida ficar mais aberta. Ambos os times se lançaram ao ataque com o som da torcida, vibrante, ao fundo. Mugni, de longe, arriscou, mas Victor defendeu. Aos 25 minutos, a força rubro-negra da arquibancada se traduziu, de novo, em campo. João Paulo recebeu bola na esquerda e cruzou para a área. Eduardo da Silva, com bela impulsão, conseguiu o cabeceio no lado esquerdo de Victor, que, de novo, tocou na bola, mas a viu morrer no fundo da rede. Virada rubro-negra. 2 a 1.
O Atlético-MG, entregue, perdia até divididas depois da virada que sofrera. Apenas André, de cabeça, obrigou Paulo Victor a fazer boa defesa. Mas não tinha jeito. O Flamengo virou, com sua torcida e seu croata, e segue subindo no Brasileiro.
FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 2 X 1 ATLÉTICO-MG
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 20 de agosto de 2014, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (PE)
Assistentes: Elan Vieira de Souza (PE) e Albino Albert Junior (PE)
Cartões amarelos: João Paulo e Canteros (FLA) e Alex Silva e Rafael Carioca (ATL)
Público e renda: 37.726 pagantes / 40.892 presentes / R$ 1.113.815,00
Gols: Maicosuel (ATL), aos nove minutos do primeiro tempo, Léo Moura (FLA), aos 19 minutos e Eduardo da Silva (FLA), aos 25 minutos do segundo tempo.
FLAMENGO: Paulo Victor; Léo Moura, Marcelo, Wallace e João Paulo; Cáceres, Márcio Araújo (Eduardo da Silva), Canteros, Luiz Antonio (Nixon) e Everton; Arthur (Lucas Mugni)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
ATLÉTICO-MG: Victor; Alex Silva, Jemerson, Edcarlos e Pedro Botelho; Rafael Carioca (Claudinei), Josué, Dátolo e Maicosuel (Luan); Diego Tardelli e Jô (André)
Técnico: Levir Culpi
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Robinho se machuca, Damião e Thiago Ribeiro desencantam, e Santos vence Atlético-PR
Um era criticado pelo jejum de gols e outro, pelo excesso de chances claras desperdiçadas nos últimos jogos. De mal com as redes, Leandro Damião e Thiago Ribeiro fizeram as ‘pazes' nesta quarta-feira ao marcarem e definirem a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR, na Vila Belmiro, em jogo válido pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. No último lance de jogo, Marcelo ainda perdeu uma penalidade para os visitantes ao acertar o travessão.
Contratado por R$ 42 milhões no começo do ano, Damião não marcava desde 30 de março, quando a equipe alvinegra bateu a Penapolense por 3 a 2, pelo Paulista. Desde então, ele sofreu uma lesão no púbis em maio e ficou em recuperação por três meses. Assim, foi o primeiro gol dele no Brasileiro.
Já Thiago Ribeiro vinha perdendo chances claras nas partidas mais recentes, o que gerou críticas. Além disso, ele também não havia ido às redes nesta edição do Brasileirão.
A notícia negativa para os mandantes foi a lesão sofrida por Robinho. No primeiro tempo, o atacante sentiu um problema na perna direita e precisou ser substituído na sua quarta partida em dez dias.
Com o triunfo, o time praiano volta vencer na Série A após três derrotas seguidas (para Internacional, Corinthians e Cruzeiro), chega a 23 pontos e fica na sétima posição, ultrapassando o próprio Atlético-PR, que estaciona nos 23 pontos e é o nono colocado.
Pela próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Santos fará clássico com o São Paulo no Morumbi, no domingo, às 16h (de Brasília). No mesmo dia, o Atlético-PR receberá o Bahia na Arena da Baixada, às 18h30.
Jogo aberto e Damião desencanta
Com as duas equipes precisando da vitória para reagir na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, ambos buscaram o ataque desde o apito inicial. Mesmo fora de casa, o time paranaense não se intimidou e até começou melhor o jogo.
Aos oito minutos, Aranha salvou após escorregão de Edu Dracena dentro da área. Cléo encheu o pé, mas a bola foi no centro do gol. No contra-ataque, Lucas Lima arriscou jogada individual, mas também chutou fraco, nas mãos de Weverton.
O jogo era lá e cá, com o meio de campo muito aberto e com os times procurando sempre jogar com a bola no chão. Após os 20 minutos iniciais, a equipe mandante passou a equilibrar o jogo e criar chances. Robinho comandava o ataque e chamava a marcação, deixando espaços para Thiago Ribeiro e Leandro Damião. O centroavante, muito pressionado pela torcida a cada erro, quase marcou em duas oportunidades, mas primeiro viu o goleiro adversário defender seu peixinho e depois lamentou a falta de pontaria em rebote dentro da área.
Aos 24, o lance que fez a Vila Belmiro se calar. Robinho arrancou pela esquerda, pedalou ao seu estilo e, ao tocar a bola, sentiu a coxa direita e caiu com a mão no local. O camisa 7 precisou ser substituído por Rildo e foi direto para os vestiários.
O time alvinegro, no entanto, não se deixou abater e, logo no primeiro lance sem o ídolo, Thiago Ribeiro só não marcou de cabeça porque Weverton operou um milagre.
E, após tanto insistir, a equipe praiana acabou premiada com um gol aos 44. Cicinho foi mais esperto, roubou a bola na área adversária e cruzou para Leandro Damião só escorar para o gol. O camisa 9 festejou muito o fim do jejum que durava desde 30 de março.
"É bom demais, mas o importante é o time vencer, não adianta nada eu fazer gol e o time não vencer", afirmou Damião, após o fim do primeiro tempo.
Enfim, vitória
Antes de deixar o campo rumo ao vestiário, o Atlético-PR se uniu no meio do campo e fez uma reunião curiosa, mas que demostrava a insatisfação do time com o resultado. E, no retorno para a etapa complementar, foi possível perceber a mudança de postura do time comandado por Doriva.
Desde o início, a equipe rubro-negra pressionou o Santos no campo de defesa, buscando sempre as jogadas com Douglas Coutinho e Marcelo. Porém, apesar de ter mais posse de bola, o time não conseguia criar uma chance clara.
Enquanto isso, o Santos passou a ser perigoso nos contra-ataques rápidos. Aos 12, Rildo tabelou com Damião e perdeu um gol incrível, de frente para a meta, já dentro da área. O atacante bateu de primeira, mas a bola foi direto para fora.
A torcida também passou a ficar mais aflita, e o jogo ficou parado pela arbitragem, com muitas faltas. Mas a tranquilidade santista veio aos 21. Arouca carregou pelo meio e rolou para Rildo na esquerda, que cruzou na cabeça de Thiago Ribeiro. Desta vez, o camisa 11 não desperdiçou e também marcou seu primeiro gol neste Campeonato Brasileiro.
O gol desanimou a equipe de Doriva, que sentiu o golpe e não levou mais perigo até o fim da partida. Já o Santos, com o jogo resolvido, passou a administrar o resultado.
Mas ainda deu tempo do técnico Oswaldo de Oliveira sacar Damião para, quem diria, ver a torcida aplaudir o camisa 9. Thiago Ribeiro, tão criticado pelos gols perdidos nos últimos jogos, também deixou o jogo com seu trabalho reconhecido pelos torcedores.
No último minuto, já com os torcedores deixando a Vila Belmiro, David Braz fez pênalti, mas Marcelo acertou o travessão na cobrança.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS 2 X 0 ATLÉTICO-PR
Local: Estádio Urbano Caldeira, Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 20 de agosto de 2014, quarta-feira
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Igor Junio Benevenuto (MG-CBF-1)
Assistentes: Celso Luiz da Silva (MG-CBF-1) e Marcus Vinicius Gomes (MG-CBF-1)
Público: 4.612 torcedores
Cartões amarelos: Léo Pereira e Dráusio (Atlético-PR)
Gols: Leandro Damião, aos 44 minutos do primeiro tempo, e Thiago Ribeiro, aos 21 minutos do segundo tempo
SANTOS: Aranha; Cicinho, David Bráz, Edu Dracena e Mena; Alison, Arouca e Lucas Lima, Thiago Ribeiro (Stéfano Yuri), Robinho (Rildo) e Leandro Damião (Souza)
Técnico: Oswaldo de Oliveira
ATLÉTICO-PR: Weverton, Sueliton, Dráusio, Léo Pereira e Natanael; Deivid, João Paulo, Bady (Dellatorre) e Marcos Guilherme (Douglas Coutinho); Marcelo e Cléo
Técnico: Doriva
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Chapecoense vence, tira o Fluminense do G-4 e amplia jejum tricolor
O pesadelo tricolor após a frustrante eliminação da Copa do Brasil parece se prolongar cada vez mais. Sem conseguir repetir as boas atuações que levaram o time às primeiras colocações do Brasileirão, o Fluminense foi derrotado mais uma vez, desta vez perdeu para a Chapecoense, por 1 a 0, na Arena Condá, e saiu do G-4 do campeonato. Enquanto isso, o time catarinense se reencontrou com a vitória após duas rodadas e ganhou certo alívio para se afastar da zona do rebaixamento.
Em um duelo equilibrado, mas sem grande qualidade técnica e com poucas chances claras de gol, os donos da casa venceram com um gol de cabeça do meia Camilo, aos 15 minutos do segundo tempo. No fim da partida, o lateral Carlinhos, do Flu, ainda acabou sendo expulso por reclamar da cera da equipe adversária.
Depois de ser goleado pelo América-RN por 5 a 2 na Copa do Brasil e de perder o clássico carioca para o Botafogo por 2 a 0, o Fluminense aumentou o seu jejum para quatro jogos sem vencer (antes empatou com o Coritiba, por 1 a 1).
No Brasileirão, após 16 rodadas disputadas, o Tricolor parou nos 26 pontos e deixou a zona de classificação para a Libertadores, caindo para a quinta posição ao ser ultrapassado pelo São Paulo, que nesta quarta bateu o Internacional no Beira-Rio. Enquanto isso, a Chapecoense chegou aos 19 pontos e subiu para a 12ª colocação.
No próximo sábado, o time de Chapecó vai visitar o Botafogo, no Maracanã. No domingo, também no Rio de Janeiro, o Fluminense vai encarar o Sport.
O jogo
Os dois times esbanjaram disposição desde os primeiros minutos de partida. Até em demasia. Os zagueiros Jailton e Henrique iniciaram uma briga dentro da área logo no princípio e acabaram punidos com cartão amarelo pelo árbitro Francisco Carlos do Nascimento, que teria de administrar mais lances violentos a partir de então.
Marcando o centroavante Fred com vaias, a torcida da Chapecoense queria que Henrique fosse expulso já cinco minutos depois, por causa de uma falta dura. O árbitro deixou o jogo seguir e revoltou o público local ao advertir Abuda mais tarde.
Apesar da rispidez de ambos os lados, o jogo também era movimentado. O Fluminense chegou perto de abrir o placar em boas conclusões de Jean e Bruno, bem interceptadas por Danilo. Quem quase surpreendeu o goleiro foi Walter, novidade no ataque ao lado de Fred, que bateu por cobertura do meio-campo e obrigou o adversário a dar um tapa na bola para evitar o golaço.
Pela Chapecoense, as apostas eram em chutes de longa distância e em bolas alçadas para Bruno Rangel, que precisava aprimorar a pontaria para levar mais perigo a Diego Cavalieri. Ainda assim, a insistência dos comandados de Celso Rodrigues empolgou o público local.
Sem se importar com a animação do rival, o Fluminense ainda conseguiu dar um último susto na Chapecoense nos acréscimos. Justamente com Fred, perseguido pela torcida catarinense, que completou com a cabeça um bom cruzamento de Walter. Danilo defendeu.
Para chegar ao gol no segundo tempo, o técnico Cristóvão Borges acreditou na entrada do volante Edson no lugar do lateral direito Bruno, lesionado. Não deu muito resultado. Com a nova formação, o Fluminense abriu espaços para a Chapecoense mostrar a sua velocidade.
O gol do time mandante quase saiu em um chute cruzado de Zezinho, aos 14. Um minuto depois, a bola parou na rede. Henrique cortou mal dentro da área e permitiu que Fabiano usasse a cabeça para cruzar. Camilo veio de trás para testar bem e inaugurar o marcador.
A vantagem no placar fez a Chapecoense ganhar ainda mais terreno no setor ofensivo. Não satisfeito, o técnico Celso Rodrigues trocou Abuda por Diones. Mais tarde, ainda reforçou o ataque com Tiago Luis na vaga de Zezinho. E perdeu Camilo, lesionado, que cedeu espaço para Ricardo Conceição.
No Fluminense, a esperança foi a movimentação de Rafael Sobis no lugar do cansado Walter. Era pouco para um time sem criatividade para se desvencilhar da forte marcação que a Chapecoense passou a impor para administrar a sua quinta vitória no Campeonato Brasileiro. Nos acréscimos, ainda houve tempo para Carlinhos ser expulso por reclamação.
FICHA TÉCNICA:
CHAPECOENSE 1 X 0 FLUMINENSE
Local: Arena Condá, em Chapecó (SC)
Data: 20 de agosto de 2014, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento (AL)
Assistentes: Esdras de Lima Albuquerque e Carlos Titara da Rocha (ambos de AL)
Cartões amarelos: Jailton e Abuda (Chapecoense); Henrique, Carlinhos e Cícero (Fluminense)
Cartão vermelho: Carlinhos (Fluminense)
Gol: CHAPECOENSE: Camilo, aos 15 minutos do segundo tempo
CHAPECOENSE: Danilo; Fabiano, Jailton, Rafael Lima e Ednei; Wanderson, Dedé, Abuda (Diones), Camilo (Ricardo Conceição) e Zezinho (Tiago Luis); Bruno Rangel
Técnico: Celso Rodrigues
FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Bruno (Edson), Henrique, Elivelton e Carlinhos; Valencia, Jean, Cícero e Conca; Walter (Rafael Sobis) e Fred
Técnico: Cristóvão Borges